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Pela quinta vez, Leitão é campeão brasileiro absoluto

O maranhense venceu sete e empatou quatro das 11 partidas disputadas na 78ª edição do torneio

20/12/2011 - 22h14 . Atualizada em 20/12/2011 - 22h32

Rafael Duailibe Leitão, que mora em Americana, dedica de seis a oito horas diárias aos estudos do xadrez
(Foto: Elcio Alves/AAN)

O maranhense Rafael Duailibe Leitão conquistou pela quinta vez o título do Campeonato Brasileiro Absoluto de Xadrez, encerrado nesta terça-feira (20/12), em Campinas. O jogador de 31 anos é grande mestre internacional. Ele venceu sete e empatou quatro das 11 partidas disputadas na 78ª edição do torneio, que contou com a participação de 12 enxadristas. Até o momento, apenas três enxadristas acumulam a marca de sete títulos nacionais.

Rafael Leitão era um dos favoritos ao título e creditou sua vitória não só à boa performance nos jogos, mas também a sua preparação. “Xadrez tem que estudar muito e para ser destaque, conta também um pouco de talento para o jogo. Me dedico de seis a oito horas diárias aos estudos de xadrez. E para determinados torneios, a dedicação é ainda maior”, contou Leitão.

Com o título do Brasileiro Absoluto, ele assumiu a posição de melhor enxadrista do País. Bicampeão mundial, Rafael, que há 16 anos mora em Americana, também registra em seu currículo o fato de ter sido o mais jovem brasileiro a conquistar o título de grande mestre internacional, aos 18 anos. Alexander Fier e Henrique Mecking, o Mequinho, completaram, respectivamente, o pódio do Brasileiro, que pela segunda vez na história, foi realizado em Campinas.

Rafael Leitão trancou esse ano a faculdade de Direito no oitavo semestre para voltar a se dedicar exclusivamente ao xadrez. O jogador conhece mais de 30 países em razão do jogo e quer retomar os torneios internacionais na próxima temporada. Apesar do xadrez ser pouco valorizado no Brasil, na Europa e Ásia, a modalidade reúne um número significante de profissionais.

Com dedicação exclusiva, a remuneração de Rafael é composta pelas premiações de competição, cachês para disputar torneios e aulas particulares. Este ano, de seis torneios que participou, venceu cinco. “Ainda não se valoriza o enxadrista no Brasil, mas com destaque nas competições, é possível viver do esporte. Com essa minha vitória no Brasileiro, meu ranking internacional vai melhorar (hoje está entre os 130 melhores do mundo) e convites para torneios na Europa devem surgir”, comentou Leitão.

Atualmente no Brasil, um grande mestre recebe cerca de R$ 2 mil de cachê quando é convidado para torneios fechados. No caso do Brasileiro Absoluto, o montante total de premiação era de R$ 15 mil.